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O novo ciclo regulatório e a urgência da gestão inteligente de riscos: confira os destaques do 7º Congresso Internacional do IPLD

O 7º Congresso Internacional do IPLD se consolidou mais uma vez como um dos fóruns mais relevantes para profissionais que atuam com PLD-FTP, Integridade e ESG, reunindo, em sua 7ª edição, especialistas de referência do setor e mais de 7 mil inscritos.

Em um cenário de intensas transformações regulatórias, com diretrizes cada vez mais exigentes e novas tecnologias remodelando o setor, a atualização constante deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade estratégica.

A seguir trazemos um panorama dos temas centrais debatidos durante o evento, destacando como esses debates impactam diretamente a gestão de riscos reputacionais e regulatórios nas instituições.

Transformações regulatórias e novos modelos de negócio: o impacto sobre a gestão de riscos

Um dos temas centrais do Congresso foi a atualização da Avaliação Nacional de Riscos (ANR 2.0), coordenada pelo COAF. A nova versão da ANR amplia o olhar sobre setores obrigados, riscos emergentes e a necessidade de revisão das políticas internas de PLD-FTP. Isso exige que as instituições adotem modelos de gestão que reflitam o novo mapeamento de ameaças e vulnerabilidades do país. 

Paralelamente, os novos modelos de negócio, como o Banking as a Service (BaaS), estão redesenhando as fronteiras do sistema financeiro. O ingresso de fintechs e empresas não financeiras na oferta de produtos bancários amplia o ecossistema, mas também traz novas responsabilidades, especialmente em relação ao gerenciamento de terceiros e fluxos operacionais.

Nesse novo contexto, estruturas robustas de avaliação interna de riscos deixam de ser opcionais e precisam estar integradas às operações, prontas para se adaptarem continuamente às mudanças regulatórias e às inovações do mercado.

“A tecnologia favorece muito a regulação, o Compliance, com ferramentas para ter esse
cuidado. Mas, por outro lado, cria riscos e isso leva a um desafio sério para o regulador.”, pontuou Adriana Teixeira de Toledo, do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN).

Na visão de Gabriela Oliveira, do iFoodPago, o setor começa agora a tratar o risco com maior profundidade: “Começamos a trazer a discussão do que é risco, do risco sistêmico de não conhecer PLD, na profundidade necessária, e o que isso pode ocasionar para os seus parceiros, para o mercado, para os stakeholders.”

Para enfrentar esses novos desafios, é preciso ter acesso a ferramentas robustas, com metodologia consolidada e alinhada às exigências regulatórias e melhores práticas do mercado. A AML Avaliação Interna de Riscos proporciona uma visão do risco global da empresa, auxiliando no gerenciamento completo de riscos reputacionais, em conformidade com normas e regulamentos vigentes.

Due diligence contínuo e visão ampliada sobre terceiros e beneficiários finais

Outro ponto de destaque foi a necessidade de avançar na abordagem sobre due diligence. O modelo tradicional, focado apenas na checagem documental no início do relacionamento, já não é suficiente.

Especialistas reforçaram a importância de adotar uma visão de ciclo de vida completo do relacionamento: a reputação e o risco de um parceiro, cliente ou fornecedor podem mudar ao longo do tempo e o monitoramento contínuo é essencial para responder a isso com agilidade.

Além disso, a identificação do beneficiário final continua sendo um dos maiores desafios, especialmente diante de estruturas societárias complexas e operações internacionais. O risco de exposição por negligência nesse aspecto é crescente e afeta diretamente a reputação da instituição. Como alertou Gerson Romantini, do Banco Central: “Apesar de ser um tema antigo, o beneficiário final ainda não está sendo bem tratado pelas instituições financeiras e de pagamento.”

A abordagem mais moderna e eficiente envolve um ciclo de vida completo de due diligence. Isso significa implementar processos contínuos de monitoramento, capazes de captar mudanças no perfil de risco ao longo do tempo. Alterações societárias, envolvimento em ilícitos, inclusão em listas restritivas ou mudanças de status político são exemplos de eventos que podem transformar um cliente ou parceiro aparentemente seguro em um fator de exposição para a instituição.

Esse olhar ampliado se torna ainda mais crítico quando se trata da identificação e do monitoramento do beneficiário final. Estruturas societárias complexas, com cadeias de controle que atravessam diversas jurisdições, dificultam a rastreabilidade e aumentam o risco de envolvimento indireto com crimes financeiros, corrupção ou financiamento de atividades ilícitas.

Além de atender a uma exigência regulatória expressa, o correto mapeamento de beneficiários finais é uma salvaguarda reputacional. A exposição por falhas nesse processo pode resultar em sanções, multas, restrições de mercado e danos à imagem institucional.

Por isso, o mercado vem ampliando o uso de ferramentas tecnológicas, como o AML Due Diligence e o AML Monitor, que proporcionam dados confiáveis para decisões mais seguras.

Cooperação internacional, financiamento ao terrorismo e efetividade dos programas

O Congresso também abordou os desafios crescentes no combate ao financiamento do terrorismo. Com cenários geopolíticos em constante tensão, a pressão por maior cooperação internacional e troca de informações aumentou.

Nesse ambiente, apenas estar em conformidade com os normativos não é mais suficiente. É necessário demonstrar a efetividade real dos controles implementados e isso envolve auditoria, revisão periódica, indicadores concretos e relatórios de performance.

Neste contexto, as instituições precisam fortalecer seus processos de identificação, avaliação e monitoramento de riscos relacionados ao financiamento ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa. Isso significa adotar metodologias capazes de mapear as vulnerabilidades específicas da instituição e calibrar os controles de acordo com os riscos identificados.

O risco, portanto, não está apenas na operação em si, mas na governança e na capacidade de demonstrar resultados.

Como provocou Lucas Teider (KPMG): “Aquilo que nós não falamos é porque não fazemos. A Circular 3.978/2020 traz a nossa maior responsabilidade, mas também o nosso maior recurso: a Abordagem Baseada no Risco.”

Além disso, cresce a cobrança por resultados tangíveis. Demonstrar efetividade não é apenas apresentar políticas e procedimentos no papel, mas comprovar, por meio de testes, indicadores e relatórios, que os controles internos funcionam de maneira consistente e são capazes de prevenir, detectar e responder aos riscos.

Embora o Brasil ainda não seja considerado um foco de alto risco, como lembrou Ricardo Saadi, da Polícia Federal, a vigilância precisa ser redobrada. “Até hoje não foi constatada uma movimentação relevante de fundos direcionados ao financiamento do terrorismo, mas essa situação não está descartada.”, destacou o especialista.

Para avaliar a maturidade do seu programa, o uso de ferramentas especializadas também é fundamental. O AML Avaliação de Efetividade possui recursos específicos para testes de procedimentos, sistemas e normas internas de prevenção, e avaliação periódica dos modelos de governança da empresa.

Prepare-se para o novo ciclo com inteligência e segurança

O 7º Congresso Internacional do IPLD deixou uma mensagem clara: as instituições que não evoluírem sua abordagem de riscos, compliance e integridade ficarão vulneráveis frente às novas exigências regulatórias e aos riscos emergentes.

A boa notícia é que existem ferramentas e metodologias capazes de transformar essas exigências em vantagem competitiva. Conheça as soluções da AML Reputacional e prepare se para um novo ciclo com inteligência, confiança e efetividade.