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Práticas ESG: a importância de conhecer os parceiros comerciais

Acompanhamento atento pode prevenir dor de cabeça e promover boas iniciativas

Imagine uma empresa cujos funcionários e executivos aplicam zelosamente os princípios de ESG. Conhecem de cor a reciclagem, a diminuição dos impactos ambientais dos produtos ou serviços que ela oferece e a priorização de fontes de energia renováveis, entre outros. Apoiam iniciativas que fomentam o desenvolvimento da comunidade no seu entorno e que ampliam a diversidade internamente. Observam com rigor os princípios de compliance e transparência, não importa quão vistoso o cargo, e poder nos altos escalões. Tudo vai bem, certo? Nota 10 em ESG?

Não necessariamente. Às vezes o cuidado da empresa consigo mesma está ótimo, mas algo lhe escapa – por exemplo, a conduta de um importante parceiro comercial, seja um fornecedor, seja alguém responsável pelo descarte ou qualquer outro momento da cadeia produtiva. É uma história que tem aparecido no noticiário: empresa X ou Y é acusada de conivência com trabalho escravo, porque uma terceirizada cometeu esse tipo de crime, e a empresa X ou Y, que a contratava, fez vista grossa ou não sabia.

Como lidar com essa situação? Em especial: como evitá-la? Aí entra a importância de conhecer os parceiros comerciais. Há ferramentas, métodos e soluções, inclusive algumas oferecidas aqui na AML, sobre as quais você pode ler abaixo. Mas antes de tudo há alguns princípios de que as empresas devem estar cientes.

ESG: práticas inescapáveis

O termo pode estar na moda, mas a julgar pelo noticiário muitos só o entendem de modo superficial. Então vale refrescar a memória: ESG é a sigla em inglês para Environment (Meio Ambiente), Social e Governance (governança), três pilares para se avaliar e transformar a conduta de uma empresa rumo a negócios tão economicamente prósperos quanto perenes, sustentáveis, transparentes e éticos.

Seja para se posicionar no debate público, seja para acessar fundos de investimento, as empresas hoje precisam pôr em prática esses valores, estando atentas a toda a sua cadeia produtiva, desde a relação com sua matéria-prima até o descarte de seu produto, incluindo evidentemente as condutas de seus executivos, de modo a observar os princípios ESG – inclusive com seus parceiros.

“É preciso ter em mente o tamanho do impacto, do constrangimento, das dificuldades que uma empresa sofre quando contraria os valores de ESG”, alerta Guilherme Lacerda Silveira, coordenador de Gestão de Informações da AML Risco Reputacional. “Há um dano financeiro, que pode assumir a forma de uma multa, mas pode afetar principalmente a imagem pública dessas empresas.” 

A perda financeira, portanto, vai além da multa – um valor relativamente previsível, previamente estipulado. “Há prejuízos éticos que também se traduzem em prejuízos financeiros”, afirma Silveira. “O valor das ações de uma empresa pode sofrer um baque com as denúncias.” Afinal, ninguém quer ser lembrado como responsável por destruir tal bioma ou ter lucrado com o sofrimento alheio na forma de trabalho escravo.

Isso pode ser evitado por meio de diligência no acompanhamento das empresas parceiras. Mais que um estado permanente de alerta, esse monitoramento pode ser também uma oportunidade. “Essa atenção vale para os dois sentidos: o negativo e o positivo”, diz Silveira. “Uma empresa deve acompanhar as condutas de seus parceiros a fim de evitar práticas que contradigam os princípios ESG, mas também a fim de fortalecer boas iniciativas.” Evita-se muita dor de cabeça, ao mesmo tempo em que se incentiva atividades exemplares.

Algumas soluções para monitorar empresas parceiras

Há diversas linhas de ação para uma empresa que queira se atualizar em princípios ESG e no monitoramento de seus parceiros. Na AML Risco Reputacional, por exemplo, dois produtos se destacam, atendendo diretamente a essas demandas.

Para um panorama do conceito de ESG, com suas implicações e aplicações, pode-se contratar o Módulo ESG. Ele conta com uma base de dados levantada a partir de listas restritivas, como as produzidas por ICMBio e Ibama, além da Lista de Trabalho Escravo do MTE, mas também com listas abonadoras, destacando iniciativas positivas e negativas em áreas ambientais, sociais e de governança. As informações são atualizadas constantemente, por meio do monitoramento diário da mídia nacional com relação a tudo que se publica sobre o assunto

De modo mais amplo, há o AML Due Dilligence, uma solução tecnológica mais abrangente que pode ser utilizada para conferir de perto o histórico e as iniciativas de empresas parceiras, em potencial ou já efetivas, para se ter maior segurança em relação aos compromissos delas com práticas ESG e com a prevenção contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Trata-se de uma ferramenta que permite um monitoramento constante, com atenção a sinais que costumam sugerir más práticas, oferecendo aos clientes as informações necessárias para se anteciparem a qualquer problema.

Todo cuidado é pouco. Afinal, de certa maneira, a recuperação após danos reputacionais – com seus reflexos financeiros – de uma parceria que se revela problemática pode demorar tanto quanto a recuperação de um dano ambiental. Às vezes, nos piores casos, ambos são irreversíveis.

Referências

Entrevista de Guilherme Lacerda Silveira à Redação.

“ESG é coisa séria: como se prevenir do Greenwashing?” – artigo da AML Reputacional.