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Avaliação Nacional de Riscos (ANR) 2.0 chegou: e agora, como adaptar sua empresa às novas exigências?

A nova Avaliação Nacional de Riscos (ANR 2.0) marca o início de um novo ciclo de responsabilidade e atenção para os setores obrigados no Brasil. Lançada em um momento de transformações aceleradas nos modelos de negócio e nos meios de pagamento, a atualização do diagnóstico nacional de riscos traz impactos diretos sobre os programas de PLD-FTP nas instituições públicas e privadas. 

O tema foi amplamente debatido no 7º Congresso Internacional do IPLD, que reuniu especialistas e representantes de órgãos reguladores. No painel “Avaliação Nacional de Riscos (ANR) 2.0: Adaptando Políticas e Procedimentos”, foram discutidos os principais reflexos da nova ANR sobre os processos de compliance, além de recomendações práticas para as instituições se adequarem às exigências atuais e futuras. 

A seguir, mostramos o que a sua instituição precisa saber sobre a ANR 2.0, os desafios para colocar as novas diretrizes em prática e como evoluir de forma segura, estratégica e aderente às expectativas regulatórias. 

O que é a ANR 2.0 e por que ela muda o jogo? 

A ANR 2.0 representa a atualização oficial do mapa de riscos relacionados à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo no Brasil. Produzida com base em metodologia do GAFI e coordenada pelo COAF, a nova edição atualiza o entendimento sobre os principais vetores de risco do país, considerando produtos, serviços, setores econômicos, canais de distribuição e até riscos emergentes, como os relacionados a criptoativos e novas tecnologias financeiras, por exemplo. 

Entre as mudanças mais relevantes, destaca-se a ampliação dos setores avaliados, o aprofundamento das análises de vulnerabilidade e a priorização de áreas nas quais o risco é classificado como alto ou muito alto

Isso significa que instituições inseridas nesses setores devem revisar urgentemente seus programas de PLD-FTP, ajustando suas políticas, procedimentos e controles internos para refletir esse novo cenário. 

Além disso, a ANR 2.0 traz uma mensagem clara: a prevenção à lavagem de dinheiro não é apenas uma obrigação legal, mas uma responsabilidade estratégica diante da crescente complexidade dos crimes financeiros. Estar atualizado com a nova ANR é um passo essencial para reduzir riscos reputacionais, operacionais e regulatórios. 

Principais desafios de adaptação: o que sua instituição precisa enfrentar 

A ANR 2.0 impõe uma série de ajustes às instituições obrigadas, que vão muito além de atualizar documentos. Os desafios estão distribuídos em diferentes camadas da estrutura corporativa, da alta gestão à operação, exigindo mudanças práticas na forma como os riscos são identificados, avaliados, tratados e monitorados. Veja os principais desafios:  

1. Reavaliação de riscos internos e externos

Com a nova ANR, o perfil de risco de determinados setores mudou significativamente. Instituições que atuam com fintechs, ativos virtuais, jogos, comércio exterior, factoring e consultorias precisam reavaliar sua matriz de risco e considerar os novos dados nacionais para realocar recursos e controles. 

2. Revisão de políticas e procedimentos 

As políticas internas de PLD-FTP devem ser revistas com base nas tipologias destacadas na ANR 2.0. Isso implica reescrever procedimentos, atualizar critérios de diligência, revisar listas de monitoramento e incorporar novas situações de alerta. 

3. Aumento da complexidade regulatória 

A Avaliação também traz reflexos sobre outras obrigações legais, como o Relatório de Efetividade e os processos de comunicação ao COAF. Instituições que não adaptarem seus sistemas de controle e compliance correm o risco de apresentar relatórios inconsistentes ou falhar no cumprimento de prazos e requisitos técnicos. 

4. Engajamento da alta administração 

A nova avaliação reafirma a necessidade de envolvimento da alta gestão na condução do programa de PLD-FTP. O compromisso institucional passa a ser um critério-chave de efetividade, com implicações diretas sobre a cultura organizacional e a governança dos riscos. 

Adaptar-se à ANR 2.0 exige uma abordagem integrada, técnica e estratégica e deve ser tratada como prioridade por qualquer instituição preocupada com conformidade e reputação. 

Como alinhar seu Programa de PLD-FTP às novas diretrizes 

As atualizações trazidas pela ANR 2.0 devem servir como guia para a revisão de todo o Programa de PLD-FTP. E isso começa com uma pergunta simples, mas fundamental: o seu programa atual reflete os riscos reais do seu setor e da sua operação? 

A resposta envolve ações como: 

  • Revisão completa da matriz de riscos da instituição à luz das novas diretrizes da ANR 2.0; 
  • Atualização de políticas, manuais e fluxos operacionais para integrar os riscos atualizados; 
  • Revisão de perfis de clientes e parceiros, com foco em setores agora classificados como críticos; 
  • Adequação dos sistemas de monitoramento e alertas, com foco na efetividade e não apenas na formalidade; 
  • Capacitação de equipes-chave para compreender e aplicar as mudanças com segurança. 

Ao adaptar o programa, é essencial incorporar indicadores de efetividade que ajudem a mensurar o sucesso das ações. O novo ciclo regulatório não admite programas genéricos ou “de prateleira”, ele exige ações sob medida, baseadas em risco e conectadas às especificidades de cada instituição. 

Soluções que fazem a diferença nesse novo cenário 

À medida que os programas de PLD-FTP evoluem, cresce também a busca por soluções que ajudem as instituições a ganhar agilidade, segurança e profundidade na gestão dos riscos. E não é à toa que muitas instituições estão apostando em ferramentas que oferecem: 

Dados estruturados e contextualizados sobre perfil de risco de clientes, fornecedores e parceiros.  

Monitoramento, com alertas inteligentes e parametrização alinhada às exigências regulatórias.

Diagnósticos personalizados de risco que auxiliam na construção de matrizes mais realistas e eficazes.

Recursos para testes que mostram, com clareza, se o programa está funcionando na prática ou se precisa de ajustes estratégicos. 

Essas soluções têm se mostrado fundamentais para empresas que não querem apenas seguir o fluxo regulatório, mas realmente liderar com responsabilidade, integridade e visão de futuro. 

Do diagnóstico à ação: o momento de ajustar é agora 

A ANR 2.0, além de uma atualização técnica, é um convite à maturidade regulatória. E para responder à altura, as instituições precisam agir com rapidez, inteligência e estratégia.

O painel do 7º Congresso Internacional do IPLD sobre o tema deixou evidente que adaptar políticas e procedimentos é um processo contínuo de alinhamento com as melhores práticas nacionais e internacionais. 

Na AML Reputacional, atuamos exatamente nesse ponto de interseção entre análise de risco, tecnologia e estratégia regulatória. Nossas soluções apoiam instituições na construção de programas robustos, efetivos e alinhados com a nova realidade imposta pela ANR 2.0. 

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